sexta-feira, 20 de março de 2009

Vigilância Sanitária

E se ele estiver certo? O “homem mais esperto do mundo” do filme Watchman, nos joga na parede com uma questão que por trás de sua forma suja e grosseira nos impõe a sutileza de uma possibilidade aterradora. Os seres humanos precisam de um inimigo em comum para que consigam se aturar e manter a harmonia? A paz é a falta de forças maiores, um sentimento de impotência?
A natureza é canibal e o topo da cadeia alimentar é a auto-destruição? Um ciclo multipolar em que o predador superou com tanta facilidade suas prezas que precisa girar em torno de si mesmo para se sentir saciado?
Todos gostariam de ouvir um relato em que o mundo encontra a paz no final, mas uma paz maquiavélica e manipuladora, uma vigilância sanitária de atitudes é a saída? Vence então a famosa frase do grande Príncipe “os fins justificam os meios”?
Tantas questões importantíssimas e boas de mergulhar que quase não percebi a ode (irônica ou não) a Hiroshima e Nagasaqui. Quase não reparei que questionava-se a possibilidade de se lutar por um bem maior de mãos limpas. Já dizia um amigo imaginário “na guerra a maior derrota é a da verdade”.
"Isso tudo é muito bonito e interessante, mas o big brother é mais divertido", me disse o rapaz que limpava a caixa de gordura quando eu terminava de limpar a minha...