quarta-feira, 9 de abril de 2008

ALTO MAR


Esse mar é doido pra te conhecer,
Ameaça areia todo dia, de noite pede só um beijo de boa noite.
O mar é indeciso e não cabe em janela.
O mar é minha alma.

Cheio de incertezas, azul de tão escuro.
Sem medidas.
Um corpo é muito bom,
Alma é injulgável.

O acorde entoado no ouvido de um sem-razão,
me fez corpo, alma e coração.
Vi e ouvi.
Haja música...

A música do alto mar é ópera.
É forte, de caule.
Em vôo aquático eu escolho minhas asas.
Eu não caio, danço...

Ao balançar desse azul, a música emana.
O espírito dançante voa rente às águas,
Sem comando, meu corpo sacode singular.
A disritmia progressiva abriu meus lábios, e, agora,
È deles que sai a linda música...

(Daniel de Lima Fraiha – 06/11/2007)